Nas últimas semanas, equipas de auditores do Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP), com mandato directo de Teixeira dos Santos, têm visitado USF, de modelo A e B, de Norte a Sul do país. As auditorias têm incidido, essencialmente, sobre como se processa a contratualização, como se apuram e controlam os indicadores, prescrição de medicamentos e MCDT ou como são calculados os vencimentos dos profissionais. Nem o MCDT, nem o gabinete de Ana Jorge dão explicações sobre as razões que motivaram as visitas

Equipas de auditores do Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP) têm visitado, o longo das últimas semanas, várias unidades de saúde familiar (USF) organizadas em modelo A ou em modelo B. O propósito destas auditorias temáticas – como são designadas pelos técnicos que as efectuam – é o de analisar os ganhos de eficiência económico-financeira do modelo USF, com os técnicos a passarem algumas horas em diálogo com os responsáveis das equipas e a recolherem diversos indicadores de actividade, como a prescrição de medicamentos e MCDT, dispositivos de controlo de gastos, despesas clínicas e não clínicas correntes, número de consultas efectuadas, etc.

Segundo apurámos, os técnicos das Finanças passaram também por outros serviços dos agrupamentos de centros de saúde (ACES) e trocaram impressões com directores executivos, porventura na perspectiva de perceber quais as vantagens comparativas das USF, face a outras formas de organização vigentes nos cuidados de saúde primários (CSP). No âmbito destas auditorias, os avaliadores surgiram munidos de um questionário padronizado, com perguntas centradas em vários aspectos do funcionamento das USF. Queriam conhecer melhor, em particular, como se processa a contratualização, que métodos de trabalho são adoptados, como se articulam as USF com os ACES e com as administrações regionais de saúde, como se apuram e controlam os indicadores, que planos de formação envolvem os profissionais de saúde, como se organizam em equipa, que mecanismos de comunicação utilizam ou como são calculados os seus vencimentos.

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Tiago Reis, Jornal de Família